CCB - Oficina de matar as almas Parte 1

Os ministros tem autoridade para julgar.

Chamamos isto de tribunal eclesiástico.
Bem, mas é evidente que não podemos condenar uma pessoa que infringiu este ou aquele ensinamento da doutrina por falta de conhecimento.
No caso do episódio do Ir. Ricardo Fernandes, quem deveria ser expulso do ministério deveriam ser os ministros que lhe tiraram a liberdade.
Este é o primeiro erro: não visitam ninguém.
Porque a obrigação do ministro é estar 24 horas por dia, todos os dias, ao lado das ovelhas que foram confiadas aos seus cuidados.
Estes cuidados envolvem o aconselhamento.
E o ministro que lidera só vai tomar conhecimento dos problemas existentes na vida das pessoas se visitarem as famílias.
Ora, faltou o conselho.
Devem se interessar e buscar contato com todos aqueles que se aproxima da igreja, começam a frequentar e assistir aos cultos.
Fazer uma amizade, saber quem são, onde moram, quem é o seu parceiro(a), conhecer os filhos se houver.
Fazendo assim o conselho vem na hora certa.
Segundo erro: Batizam de imediato.
Batizam bêbados, viciados nas drogas, homossexuais, ladrões e adúlteros.
E na total ignorância das doutrinas da igreja e o que se espera do seu testemunho como cristão.
Tudo isso não teria acontecido se estes dois cuidados tivessem sido tomados.
Verdade é que, antes da realização do batismo é dito que "os amasiados" devem procurar o ministro que está a frente para conversar.
Ora, são meia dúzia de palavras que não duram 10 segundos e que podem escapar da atenção dos ouvintes distraídos, muitas vezes por um problema sério como, por exemplo, uma criança aflita por um engasgo.
Veja o relato de uma disciplina na igreja neo-testamentária:
"Geralmente se ouve que há entre vós fornicação, e fornicação tal, que nem ainda entre os gentios se nomeia, como é haver quem abuse da mulher de seu pai.
Estais ensoberbecidos, e nem ao menos vos entristecestes por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação.
Eu, na verdade, ainda que ausente no corpo, mas presente no espírito, já determinei, por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação. como se estivesse presente, que o que tal ato praticou,
Em nome de nosso Senhor Jesus Cristo, juntos vós e o meu espírito, pelo poder de nosso Senhor Jesus Cristo,
Seja entregue a Satanás para destruição da carne, para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus." (1ª Coríntios 5:1-5)
Veja que Paulo censurou os crentes de Corinto "por não ter sido dentre vós tirado quem cometeu tal ação."
E determinou para esse crente um castigo, uma condenação: "já determinei, [..] que o que tal ato praticou, [...] Seja entregue a Satanás para destruição da carne"
E veja também qual o objetivo do castigo determinado pelo apóstolo: "para que o espírito seja salvo no dia do Senhor Jesus."
Quer dizer:
Nada de condenar à perdição eterna.
Porque o único pecado que condena uma alma à perdição eterna é a blasfêmia contra o Espírito Santo.
E, mais adiante, na 2ª carta, encontramos um verso onde descobrimos que até este pecador foi perdoado e aceito novamente na comunhão da igreja.

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